Enquanto as ultrapoderosas redes sociais começam a ser questionadas, estereótipos caem por terra e a polarização toma conta do público, que está mais conectado do que nunca. Dentro deste cenário, a briga por espaço acontece em todas as plataformas e o conteúdo de qualidade é a bola da vez. Ok, nenhuma novidade até aqui. Mas o fato é que o caminho para se chegar até a tão disputada atenção do cliente não para de evoluir.
Nesse mar de informações e demandas, talvez você tenha passado o início de 2018 sem se aprofundar nas discussões que impactarão e muito o mercado da comunicação neste e nos próximos anos. Veja a seguir uma seleção de tendências para ter em mente nos seus planos:
As redes sociais não morreram, mas…
A mais recente investida do Facebook contra o alcance orgânico de páginas corporativas reforça a tendência apontada pela Forbes neste artigo de que é preciso diversificar a presença digital. E, especialmente, não confiar seu alcance somente às redes sociais. A ideia é conectar-se diretamente com a sua audiência. Para isso, estratégias conhecidas como o e-mail marketing e sites específicos fazem todo o sentido.
Idade que nada!
Millennials? Geração Y? Esqueça estes termos. Estamos na era dos perennials, grupos de interesse por um assunto específico, onde a faixa etária deixa de ser o principal recorte para o público alvo. O idoso que joga videogame é um exemplo clássico, mas a ideia aqui é justamente fugir de clichês: não há idade para gostar de games ou maratonar séries. Aliás, a ideia faz parte de uma megatendência que é mandatória nos planejamentos: a de fugir de estereótipos como “coisa de homem”/“coisa de mulher”, classe socioeconômica e outros. Por estarem agrupados por interesse e não por clichês, os perennials são mais engajados, curiosos e participativos. Basta descobrir quem são eles quando o assunto é seu negócio.
Leia mais aqui.
Influenciadores de qualidade
Números não são o suficiente para indicar o melhor influenciador para a sua marca. Em 2017, o mercado cresceu e recebeu seu primeiro estudo específico sobre o panorama brasileiro, realizado pelo youPix. Influenciadores se consolidaram como parte de qualquer estratégia de comunicação, mas agora existem os micro-influenciadores, que entregam relevância e engajamento em nichos, e a profissionalização de conteúdo e entrega deixou para trás os números de alcance. O foco agora é na conexão verdadeira com a marca, o que exige estratégias específicas ao invés de simples posts patrocinados – que, aliás, geram até 83% menos shares do que postagens orgânicas.
Vida saudável
Você deve estar pensando o que isso tem a ver com comunicação. Mas o fato das gigantes do mercado dos processados e a própria Coca-Cola terem visto queda ou redução do ritmo de suas vendas pela primeira vez na história diz algo importante. O consumidor quer ser mais saudável e ter uma rotina equilibrada – e eis aí um baita desafio, ou oportunidade, para a comunicação da sua empresa. Outro fato que corrobora essa tendência é a venda da divisão de chocolates da Nestlé nos Estados Unidos, que agora foca seus esforços no país em promover cafés e outros alimentos mais saudáveis.
É como diz o artigo que publicamos em 2017 aqui no blog: estamos vivendo a era da transformação. As empresas devem comunicar e agir com propósito, colaborando para a construção de um mundo melhor. Ou serão engolidas pela irrelevância.
Performance é tudo
Em entrevista para o Meio e Mensagem, Carlos Pitchu, CEO da SalveTribal Worldwide, apontou que em 2017 “a chave virou de vez” para a comunicação. Ele explica que a verba para o digital aumentou e a necessidade de fazer uma comunicação realmente integrada diminuirá cada vez mais o poder das agências tradicionais, que precisarão se adaptar a um novo mercado de empresas especializadas em performance e adtech. Na prática isso quer dizer que, em 2018, o conteúdo e as campanhas deverão ser pautados em dados mais profundos sobre o comportamento do consumidor, o que abre um novo campo para agências e consultorias menores, mas mais especializadas em tecnologia.
DOOH
Em um mercado tão fragmentado, o OOH (Out-of-Home) segue uma das poucas mídias onde o investimento é certo. A Posterscope, especialista no segmento, aponta que em 2018 haverá um crescimento do DOOH (Digital Out-of-Home), integração entre os displays offline e tecnologias como a geolocalização, que criam peças específicas para cada local x comportamento do público que vive ali. Outra possibilidade são os anúncios interativos e que mudam de acordo com gatilhos como o carro que está passando no momento ou até mesmo o sentimento do consumidor.
Vídeo para todo o lado
O boom dos stories, que invadiram Instagram, Facebook e Whatsapp, consolidou de vez a tendência dos social videos. O Hubspot aponta que o vídeo é um dos formatos em crescimento para o conteúdo corporativo e, no Brasil, o consumo de vídeos na internet cresceu 90% nos últimos 3 anos. Com a competitividade, os vídeos corporativos precisam gerar conteúdo relevante e imersivo. Em 2018, o consumidor não irá apenas assistir, mas mergulhar na tela, com tecnologias como VR, 360 e video mapping.
Veja mais nesse ótimo artigo do Marketing Insider Group.
O bom e velho PR
Nesse mar de mídias e formatos, muitos anunciantes investem de vez no conteúdo patrocinado e pago, mas se esquecem do valor da mensagem transmitida por um terceiro. Segundo a Forbes, uma das tendências de 2018 para o setor é justamente reforçar a necessidade de validação de uma história corporativa pela mídia conquistada. Uma coisa deve complementar a outra, e é nisso que nós acreditamos também.
Comments