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Comunicação Interpessoal – parte 2: o quanto estamos perdendo e porquê


Como apontamos no primeiro artigo desta série, diversas pesquisas apontam que as empresas possuem, em sua maioria, sérios problemas de comunicação interpessoal. Líderes que não se fazem entender e não estão abertos a ouvir seus subordinados são a parte mais aparente da questão. Agora queremos ir mais fundo na questão e traduzir em números os prejuízos causados pela falta de capacitação dos profissionais para se comunicarem uns com os outros.


PREJUÍZO PODE CHEGAR A U$ 15 MILHÕES POR ANO


Segundo estudos realizados nos EUA, milhões são desperdiçados por conta da falta de boa comunicação interpessoal nas empresas. Segundo paper da empresa Ving, uma empresa com 100 funcionários dedica uma média de 17 horas por semana com esclarecimento de informações. O custo, neste caso, é de cerca de U$ 530 mil por ano. Ainda segundo a Ving, a perda média de produtividade causada por barreiras de comunicação em um ano é de U$ 26 mil por funcionário. Tente multiplicar isso pela quantidade de colaboradores da sua empresa (mesmo trocando os dólares por reais). Assustador, não é mesmo?


Outra estimativa, da Smarp, aponta que, em média, cada profissional técnico gasta 2 horas e meia por dia procurando por informações. Considerando o salário médio nos países desenvolvidos, isso significa um gasto de pouco mais de U$15 mil por ano. Assim, numa empresa com mil funcionários, a perda anual em produtividade chega a U$ 15 milhões. Dinheiro que poderia ser economizado (ao menos parcialmente) se o fluxo de informações e comandos corretos fosse adotado. Ou seja, se houvesse plena comunicação interpessoal.


E NÃO É SÓ ISSO...


Como? Achou exagerado? Pois então considere que estes cálculos, mesmo que pensados para a realidade de outros países, não estão levando em consideração diversas outras perdas geradas pelas falhas de comunicação interpessoal nas empresas. Como o desengajamento e consequente aumento de absenteísmo e turnover. Além de falhas em entregas geradas pelo desalinhamento interno.


Por melhores e mais efetivos que sejam os processos internos de uma empresa, se seus profissionais não souberem se comunicar com eficiência, o nível de erros será elevado. E, se na operação convencional a comunicação interpessoal é chave, o que dizer sobre gerenciamento de mudanças ou a busca por inovação?


ENTÃO, POR QUE A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL É MENOSPREZADA?


A origem deste erro está na confusão entre dois conceitos que parecem sinônimos, mas não são. Em sua maioria, os gestores confundem expressar com comunicar.


Mas não os culpem. Afinal, todos nós, adultos, desenvolvemos desde nossos primeiros meses de vida a capacidade de nos expressar. Ela é fundamental para nossa sobrevivência. Dos gemidos e sinais da primeira infância à fala, desenvolvemos uma série de capacidades cognitivas e acumulamos vocabulário. Ao chegar ao mercado de trabalho, você tem que saber falar, ler e escrever ao menos em seu idioma nativo, certo? Então, está resolvido! Você sabe se comunicar com outros seres humanos! Só que não.


A comunicação interpessoal efetiva vai além da expressão. Ela tem como premissa básica que você tenha sua mensagem não apenas recebida pelo seu público alvo, mas plenamente compreendida, assimilada. E isso, por mais contra intuitivo que pareça, é desafiador.


EU FALO, VOCÊ ESCUTA


A comunicação interpessoal tem uma série de níveis e camadas, que vão do texto (dito ou falado) à entonação, contexto e sinais corporais. Ela também demanda conhecimento de experiências anteriores e alinhamento de vocabulário. E, na minha opinião, é exatamente por ser tão comum e supostamente simples, que não nos dedicamos a aperfeiçoá-la. A maioria de nós acredita que é clara e todos entendem. E é aí que os erros começam.


Mas vamos deixar os exemplos práticos e dicas de como se comunicar melhor com os outros para o terceiro e último artigo desta série. Se é que vocês me entendem...


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