Modelo PESO é Guia para Navegar o Novo Universo da Comunicação (ou já passou do tempo de explodir as fronteiras das relações públicas)
O fato de boa parte dos profissionais hoje na liderança terem nascido antes de 2001 não justifica termos o olhar para a comunicação preso no século passado. Logo esta que é uma das áreas mais afetadas pela tecnologia e, consequentemente, por toda a mudança comportamental que ela trouxe.
Veja o caso da comunicação corporativa, ou relações públicas se preferir (ou ainda PR, no termo em inglês). Para muita gente, este segmento segue sendo sinônimo de assessoria de imprensa (termo que, em si, entrega a visão a la século XX). Mas, em uma era em que a comunicação se tornou tão difusa, com as pessoas recebendo mensagens dos mais variados meios e nas mais diversas situações, ainda faz sentido atuar de forma isolada?
Com as fronteiras entre as diversas disciplinas de comunicação cada vez mais indefinidas, é hora de implodir os silos e pensar de forma realmente ampla. Afinal (e agora vou chover no molhado), para serem efetivas e gerarem real engajamento, as mensagens devem estar alinhadas e permear todos os pontos de contato com o público, não é mesmo?
O modelo PESO, criado por Gini Dietrich, é uma das melhores maneiras de visualizar as novas e elásticas fronteiras das relações públicas neste começo de século XXI. Ele reparte em quatro os tipos de mídias que uma empresa ou marca deve considerar em qualquer comunicação: Paga (Paid), Conquistada (Earned), Compartilhada (Shared) e Própria (Owned). Cada uma se desdobra em várias possibilidades, alguns na intersecção entre os territórios. De posts promovidos nas redes sociais (paga) até a criação de conteúdo, ou branded content (própria/compartilhada) e o relacionamento com formadores de opinião (conquistada/compartilhada), as possibilidades são inúmeras.
Além de multiplicar o campo de ação e estimular a criatividade, uma ação realmente integrada permite a efetividade da comunicação, uma vez que as diversas ações se interligam, somam e retroalimentam, gerando uma incrível sinergia. A velha e boa presença na imprensa e blogs, por exemplo, gera conteúdo para as mídias sociais e pode reforçar o SEO do site da marca.
Não existe nenhuma desculpa para se pensar (e agir) como no século passado. As agências e profissionais de comunicação corporativa que pretendem sobreviver aos próximos cinco anos de mercado devem repensar sua atividade e assumir um modelo como o PESO – o que tentamos fazer aqui na Engaje!. A boa notícia é que este novo universo é muito maior, diversificado e cheio de possibilidades ainda pouco exploradas. Boa sorte na jornada.
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