Vamos começar pelos fatos. O engajamento da equipe interna é determinante no sucesso de uma organização. Ponto.
Empresas com alta performance em comunicação interna e gerenciamento de mudanças têm três vezes e meia (350%) mais chances de apresentar performance acima da média no segmento em que atuam. Em média, elas entregam um retorno de 26% a seus investidores, contra a média de 15% das organizações com uma comunicação menos efetiva. Os dados são de pesquisa da Towers Watson, fruto de dez anos de análise da relação entre comunicação interna e o resultado comercial. (leia a íntegra, em inglês, aqui: http://www.towerswatson.com/en-CA/Insights/IC-Types/Survey-Research-Results/2013/12/2013-2014-change-and-communication-roi-study )
Não é difícil entender o porquê. Profissionais engajados, com o senso de pertencimento, que se orgulham da empresa em que trabalham e percebem um propósito maior do que apenas o retorno financeiro em sua atividade, entregam uma melhor performance. Simples assim.
Como se este fato não fosse suficiente, o colaborador engajado se torna ainda um embaixador da marca que ajuda a construir, reforçando os seus valores tanto para amigos e familiares quanto, muitas vezes, nas redes sociais.
Mas como engajar a equipe? Acreditamos em seis características que definem uma comunicação interna de alta performance. Ela deve ser:
Estratégica – Definitivamente, chega de ‘jornalzinho da firma’. Não há mais espaço para a comunicação feijão com arroz, burocrática. Ela deve estar totalmente alinhada com os objetivos e metas estratégicas da organização. A comunicação deve ser um motor para a mudança de comportamento, um aliado para ações e mudanças práticas que façam a empresa superar seus desafios. Jeff Zwier, em ótimo artigo para o blog Melcrum (https://www.melcrum.com/blog/new-abcs-ic-three-steps achievement#sthash.KrgMAosp.dpuf ) , define três perguntas que o comunicador deve fazer para acertar no alvo:
Quais os objetivos do nosso negócio esta comunicação nos ajudará a atingir?
Quais comportamentos, reações ou retornos você espera de quem interagir com esta comunicação?
Qual o progresso específico que iremos atingir no negócio se esta comunicacão for bem sucedida?
Integrada – Marcas de sucesso tem uma história para contar, são consistentes e apresentam um propósito claro. O mesmo é válido para a comunicação interna. O Branding e Storytelling devem ser únicos para todos os públicos, permear todos os pontos de contato e começam de dentro para fora.
Verdadeira – Se globalmente vivemos a era da hipertransparência, o que dizer do ambiente corporativo? As histórias, conceitos e propostas devem ser reais, fundamentados e honestos. Os super heróis caíram por terra. Se a empresa celebra sucessos, também é preciso assumir falhas, indicar soluções e mostrar atitude. Sem confiança, não há engajamento.
Próxima – Muito bem. Agora conhecemos o que e porquê a organização precisa se comunicar. E o alvo desta comunicação? Não é possível realmente ser relevante, tocar e motivar pessoas se você não as conhece. Quais seu perfis? Hábitos? Objetivos? Como prefere receber informações? Com que periodicidade? Só a partir destas informações é possível definir como a comunicação será mais efetiva.
Interativa – Sim, é um diálogo. E tem que ser efetivo. Como ser engajado com uma organização que não te ouve? Como se sentir parte de uma empresa se suas opiniões não são levadas em consideração? A falta de interação afeta, inclusive, aspectos práticos. Se o colaborador não compreende a política de remuneração da empresa, por exemplo, poderá ter um desempenho menor do que o esperado. Num ambiente em que a comunicação é interativa, é natural que o funcionário com dúvidas expresse isto – o próprio processo deve buscar este feedback. A interação também permite aos gestores de comunicação aperfeiçoarem suas práticas e colher insights preciosos.
Efetiva – Pare de pregar no deserto. Ainda há quem confunda falar (ou escrever, desenhar, filmar, fotografar) com comunicar. A comunicação é efetiva quando a mensagem é compreendida e plenamente absorvida pelo público, gerando a reação desejada. A boa notícia é que hoje temos dezenas de ótimas ferramentas para a efetivar a comunicação, como games, aplicativos, experiências, redes sociais e até mesmo jornais, revistas, murais e vídeos. O desafio é metrificar a efetividade (e não apenas o alcance) das mensagens, entendo seu impacto real nos objetivos estratégicos da empresa.
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