Que a reputação é o ativo intangível mais importante para sua marca ou organização você já sabe, certo? Afinal, existem dezenas de pesquisas e estudos que mostram que a reputação*:
- Aumenta fidelização e diferenciação das marcas (segundo um estudo do Reputation Institute, as 10 empresas com melhor reputação do mundo têm performance significativamente maior que a média das 500 maiores companhias segundo a Standard & Poor)
- Capta e retêm talentos. Se torna fonte de orgulho motivacional para um grupo, uma comunidade, a sociedade e até mesmo para um país.
- Atrai investimentos e amplia o valor médio das ações
- Reduz exposição a crises de imagem por gerar uma ‘reserva de boa vontade’
- Alinha a estratégia da empresa com as demandas dos stakeholders – público satisfeito com na relação com a marca / organização
- Cria relações estáveis com clientes e fornecedores – comportamento mercado
E a lista vai longe... Em resumo, se alguma pessoa ou empresa faz negócios com sua organização, é porque ela acredita que se trata de uma companhia confiável, admirável, inovadora etc. Ou seja, ela percebe sua reputação.
Tudo isso posto, vamos tentar responder à questão de nosso título (que infelizmente não é uma provocação, mas uma triste constatação):
Porque as empresas ainda se organizam em silos – por mais antiga que seja esta discussão, a maior das organizações, especialmente as mais estruturadas, ainda separam segmentos que deveriam estar juntos. Comunicação corporativa e marketing, por exemplo. Vendas e experiência do consumidor. Branding e inovação. E a reputação, que é impactada por todos estes setores (na verdade, por toda a operação da empresa) e, por isso, deveria ser uma disciplina transversal, acaba sem ter onde se encaixar.
Porque muitos ainda associam reputação apenas a comunicação – sim, as estratégias e ações de comunicação de uma marca e/ou empresa tem um grande peso na construção de sua reputação. Mas num mundo hiperconectado e hipertransparente, não adianta nada falar e não fazer. Alias, talvez este seja um dos maiores riscos à reputação hoje, a distância entre prática e discurso (mas isto é tema para outro artigo).
Porque algumas lideranças ainda não entendem a profundidade do tema – a velha mentalidade de boa parte de nossos líderes segue presa a conceitos do século XX. Na verdade, do final do século XX, da era da comunicação de massa unilateral (eu marca falo, você consumidor me escuta). Uma era em que parecer bom era mais importante do que ser bom. E onde um marketing bem feito era o suficiente para ter uma boa imagem. Bom, (é estanho escrever isso em pleno 2020) o jogo mudou já há algum tempo, mas eu entendo, nem todas as fichas caíram – afinal, muitos de nós ainda estamos enroscados com a tal transformação digital...
Porque a maioria das empresas ainda está focada no curto prazo – e, por mais incrível que pareça, ainda vemos muitas marcas colocando sua reputação na bacia das almas em troca de resultados rápidos (é só pensar nas tantas promoções e promessas falsas que as marcas ainda fazem em datas como a Black Friday). E a reputação é algo que se constrói no longo prazo e se perde num instante.
Porque ainda não perceberam que, sim, é possível gerenciar sua reputação – E esta é a melhor notícia. Apesar de fluída, fruto de um conjunto complexo de interações, experiências e entregas, a reputação pode (E DEVE) ser trabalhada. E seus frutos, que vão desde o alinhamento e engajamento interno até o aumento do desempenho geral, compensam este trabalho de longo prazo – e manutenção constante.
Nós aqui na Engaje! somos especialistas em construir e defender reputações. Como parte de nosso propósito, queremos alimentar o debate sobre este tema que nos apaixona e ajudar a reforçar sua presença como centro da estratégia de mais e mais empresas. Tirar estes argumentos do ainda (reparou que esta palavra está em todos os motivos) e motivar a transformação reputacional. Vamos fazer parte desta construção?
* Alguns dos argumentos a favor da reputação citados neste artigo vêm de texto do Instituto Ethos – aqui a integra https://www.ethos.org.br/cedoc/reputacao-e-empresas-o-que-conta/#.XNDjKpNKjOQ
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