Não teve quem não se surpreendeu ao ver a Alemanha eliminada tão precocemente da Copa depois de ter sido campeã do último mundial. Ora, como um time tão bem-sucedido e preparado pode, em 4 anos, cair de rendimento tão bruscamente?
Há várias respostas para essa pergunta. Na imprensa esportiva, o principal argumento é que o time perdeu seus principais líderes, enquanto os que sobraram, como Muller e Özil, já não estavam em sua melhor forma e ficaram com responsabilidades demais.
Ao optar por seguir jogando da mesma maneira e não montar uma nova estratégia, baseada nas melhores habilidades dos novos talentos à disposição da equipe, o técnico Joachim Low correu um risco grande que se concretizou: a de ver um time confiante perder.
Na análise de Carl Markham, da Press Association Sport, “Low optou por não refrescar as coisas o bastante com uma injeção de juventude e ritmo, e ao invés disso manteve a fé em jogadores que haviam feito o trabalho quatro anos antes”. E não é assim que tantas vezes vemos estratégias consagradas falharem no mundo dos negócios?
O que podemos aprender com isso
Basicamente, que inovar é fundamental. Ora, vivemos num mundo novo, com uma velocidade diferente, em que as coisas rapidamente perdem valor e mesmo as grandes ideias têm prazo de validade. E isso se estende e muito para a comunicação com o propósito que defendemos: ora, é preciso inovar constantemente e se adaptar às demandas de uma audiência cada vez mais conectada e exigente.
Isso vale, por exemplo, para a comunicação interna – em que é necessário ir além do básico para engajar de verdade os colaboradores que são também parte desse público renovado e que se entedia mais fácil do que nunca. E também, é claro, para as ações de PR e marketing direto. Ou seja, o bê-a-bá não é mais o suficiente, e as estratégias que sempre deram certo devem ser repensadas ou, ao menos, avaliadas sob a ótica atual antes que apareçam como destaque negativo, puxando o “time” para baixo.
Para isso, a cultura de inovação deve estar presente no core da empresa. De nada adianta fazer ações com influenciadores, se não se conhece a fundo as estratégias que funcionam no mundo digital. Ou fazer um festival de música e criatividade só porque esse tipo de ideia está na moda, mas não pesquisar o que de fato o público espera ver e como quer ser tratado.
Assim como no futebol, o novo mundo chegou aos negócios, como sempre chega. E as empresas que não estiverem preparadas para ele dificilmente serão vencedoras em seus planejamentos de comunicação.
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