Todo ano é assim. Nossa equipe submerge num oceano quase infinito de links, dados e referências para levantar as tendências que irão moldar a comunicação e o marketing ao longo do ano. Não seria diferente neste desafiador 2022, com eleições, pandemia e uma não prevista guerra no leste europeu. Assim, temos o prazer de dividir com o leitor o resumo de nossos achados:
Sobre o que continuaremos a falar:
METAVERSO: por mais que alguns já estejam cansados do tema, a nova versão do universo digital paralelo segue sendo fetiche do momento. O crescimento dos games (trataremos disso a seguir) e os novos gadgets (óculos, lentes de contato, fones etc.) permitem misturar a “realidade” com ambientes digitais. Assim como o novo patamar da presença das soluções digitais na vida das pessoas pós-pandemia. Sim, teremos muita bobagem sendo feita ou pensada para pegar carona no assunto. Mas as possibilidades de se inovar efetivamente nesta nova fronteira são maiores do que nunca. Quem trabalhar a sério pode ganhar relevância e valor.
GAMES: eles não são exatamente uma tendência. Estão mais para o novo mainstream, especialmente para quem tem como alvo jovens e jovens-adultos. Uma nova hiper plataforma de entretenimento, os jogos digitais se tornaram um tipo de rede social ativa, onde os membros se comunicam, conhecem novos produtos, artigos culturais e, o mais importante: passam por experiências de forte impacto emocional. É considerada a nova fronteira do marketing, publicidade e conteúdo, ainda tem um forte potencial a ser trabalhado.
POLARIZAÇÃO / ATIVISMO DIGITAL: estamos todos empoderados. A democratização do acesso à comunicação de massa tornou cada pessoa um veículo de mídia em potencial. E muitos estão usando este acesso para (sem juízo de valores aqui) fazer valer seu ponto de vista e buscar o que acredita ser o mundo ideal. Com as eleições, o potencial de termos um aumento na atual polarização é enorme. E, como todos nós já vimos, a divisão não está mais restrita a temas políticos, mas impacta as mais diversas temáticas sociais, comportamentais e econômicas. Não, as marcas não estão à margem deste debate.
RESPONSABILIDADE SOCIAL: termos como ESG vieram mesmo para ficar. Mais do que uma resposta corporativa ao ativismo social, a participação ativa das marcas e organizações para a resolução dos grandes problemas sociais, ambientais e econômicos é um novo padrão ético. 2022 promete ser o ano em que veremos mais e mais empresas buscando acomodar a necessidade de ter um propósito maior que o lucro com sua realidade de negócios. Assim como o caso do Bradesco versus os pecuaristas já mostrou, não será exatamente mamão com açúcar.
VIDA DIGITAL: a pandemia turbinou a transformação digital. O e-commerce disparou. O trabalho remoto é realidade para muitos, assim como o sonho de se tornar um nômade digital. Consultas médicas por telas deixaram de ser tabu. Todos agora podem ter tudo, a qualquer momento, sem sair de casa. E com o 5G e as novas aplicações de Realidade Aumentada e/ou Realidade Virtual, tem gente que já considera inclusive fazer turismo sem sair do conforto do lar.
Temas que deverão ganhar relevância:
BRANDALISM: Contração de ‘brand’ com ‘vandalism’, o neologismo em inglês trata da crescente tendência de ações coordenadas por ativistas virtuais contra marcas e segmentos. Setores produtivos identificados como vilões em questões relevantes como aquecimento global, obesidade, diversidade ou fome tem maior exposição a este tipo específico de ataque. Mas pautas relacionadas à direita, como defesa da família tradicional ou pró armamentos também podem gerar crises. O consenso entre especialistas é que a defesa da reputação é um dos pontos de grande atenção para este momento de forte polarização e pós-verdade.
FINITUDE DIGITAL: O excesso de conteúdos e a superexposição de marcas e pessoas começa a gerar preocupação por parte dos mais antenados. Estaremos gerando uma quantidade ilimitada de lixo digital? Se parte de nossas vidas migrarem para o Metaverso, o que fazer com elas após a morte física? Tudo o que postamos deve mesmo ficar registrado (e acessível) para sempre? Em resposta a estas indagações, surge a finitude digital, em que plataformas começam a oferecer ferramentas e serviços para limitar ou eliminar os conteúdos. Posts temporários hoje já são possíveis até no WhatsApp.
OTIMISMO: Depois de todo o peso de uma longa pandemia que finalmente parece estar sobre controle, a positividade surge como uma postura a cultivar. Afinal, parte relevante do público quer acreditar em dias melhores, no sol após a tempestade, e vai se solidarizar com quem se alinhar nesta busca – por mais subjetivo que isso possa se mostrar. Liberdade, criatividade e experimentalismo tendem a crescer tanto nas artes e entretenimento quanto na comunicação.
VERDADE: Se o tom será de otimismo, o valor que deverá prevalecer em 2022 é o da autenticidade. Enquanto o pêndulo das interações sociais segue pendendo para a bipolaridade e a argumentação rasa, para o lacre, mais e mais gente começa a valorizar o real e verdadeiro. Marcas e corporações devem fortalecer suas reputações adotando a coerência e honestidade mais radical possível. Não há mais espaço para meias verdades ou exageros. Pelo menos para quem pretende manter uma reputação.
HYBRID EXPERIENCES: resultado imediato da fusão entre real e virtual gerado pelo metaverso, as experiências hibridas devem ampliar os limites do possível. E nos mais diversos contextos. Desde o uso de ferramentas de realidade aumentada e virtual para o trabalho remoto até grandes eventos presenciais em ambientes digitalmente transformados. A chegada do 5G tende a acelerar o acesso a estas inovações, incentivando a criação de novos formatos e aplicações.
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